21 fevereiro, 2010

The Magic Flute (Mozart)



Description:
Acrylic on canvas – 100x120 (2010)
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Interpretação da Autora:
A Flauta Mágica, obra musical de Mozart, tem dois aspectos marcantes: um quase infantil, que raramente chega às crianças e a música que há 200 anos fascina os adultos. A obra parece ter sido escrita em 1731, relacionada com os mistérios Egípcios.
Eis o início da história: Um príncipe (Tamino), e um caçador de pássaros (Papagueno), atendendo ao apelo de uma rainha (a Rainha da Noite), tentam resgatar a princesa (Pamina), sequestrada num Castelo.
Nesta ópera, Mozart descreve a senda do candidato, que procura a Luz, “pobre, nu e cego”. Demonstra os passos do caminho, as suas Provas, nas quais se prepara o espírito para se tornar digno de entrar no Templo (Interior), naquele templo verdadeiro, que é feito sem ruído de pedra nem de martelo, em que a luz do conhecimento permanece eternamente.

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Author's interpretation:
The Magic Flute (Mozart) has two remarkable points: one almost childish, that scarcely reaches the children, and the music, that fascinates the adults since the 18th century. The work seems to be composed in 1731, associated to the Egyptian mysteries.
In this opera, Mozart describes the way of the candidate, who looks for the Light “poor, nude and blind”. Shows the steps of the way, his proofs, in which prepares his spirit in order to become worthy of entering theTemple (Inside), where the light of the knowledge remains eternally.

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Autor de interpretación:
La Flauta Mágica, obra musical de Mozart, tiene dos aspectos marcantes: uno casi infantil, que raramente llega a los niños, y la música que fascina a los adultos. La obra debe haber sido escrita en 1731, relacionada con los misterios Egipcios.
Un príncipe (Tamino) y un cazador de pájaros (Papagueno), atendiendo al llamamiento de una reina (la Reina de la Noche), intentan rescatar a la princesa (Pamina), secuestrada en un castillo.
En esta ópera, Mozart describe la senda del candidato, que busca la Luz, “pobre, nudo y ciego”. Demuetra los pasos del camino, sus Pruebas, en las cuales se prepara el espíritu para tornarse digno de entrar en el Templo (Interior), en aquel templo genuíno, que está hecho sin ruido de piedra o de martillo, en el cual la luz del conocimiento permanece eternamente.

16 fevereiro, 2010

Quinta da Regaleira* Regaleira Estate

Situada em Sintra, um dos Lugares mais Simbólicos da Maçonaria em Portugal.

Enquanto representação do cosmos, o jardim é aqui revelado pela sucessão de lugares imbuídos de magia e mistério. A demanda do paraíso é materializada em coexistência com um mundus inferus, um dantesco mundo subterrâneo, ao qual o neófito seria conduzido pelo fio de Ariadne da iniciação.

Concretiza-se entre os vários cenários a representação de uma viagem iniciática, qual vera peregrinatio mundi, por um jardim simbólico onde podemos sentir a Harmonia das Esferas e perscrutar o alinhamento de uma ascese de consciência, em analogia com a demanda do Ser que ressalta das grandes epopeias.

Nestes domínios vislumbram-se referência à Mitologia, ao Olimpo, a Virgílio, a Dante, Milton, a Camões, à missão templária da Ordem de Cristo, a grandes místicos e taumaturgos, aos enigmas da Arte Real, à Magna Obra Alquímica.

Vemos uma Torre invertida “Poço Iniciático”, que se afunda cerca de 27 metros no interior da terra. Configura-se como um espaço de sagração, de conotações herméticas e alquímicas, onde s e intensifica a relação entre a Terra e o Céu. Com vários percursos subterrâneos, um P atamar dos Deuses, é marcado pelo alinhamento de estátuas de divindades clássicas, figurando Fortuna, Orfeu, Vénus, Flora, Ceres, Pã, Dionísio, Vulcano e Hermes. Dentro de uma vasta floresta de árvores e plantas oriundas de várias partes do mundo, Magnólia, Fetos-arbóreos, Camélia, Cedrus, Araucária, Cipreste, carvalho, Castanheiro-da-índia, Pinheiro, Saquoia, Sobreiro e outros. Várias grutas, labirintos, fontes, capela, prisões, lagos, cascatas, uma estufa botânica, dedicada à deusa Flora. A fachada ostenta um painel de azulejos que representa seis sacerdotisas oficiando um rito de fertilidade. Um portal dos guardiães, oficina das artes, cocheiras, cavalariça e vacaria e o Palácio com um terraço panorâmico, são rematados por oito pináculos profusamente decorados com figuras naturalistas e fantásticas. Num dos pináculos virado ao oceano, figura o poeta Luís de Camões.

Esta simbologia de pedra, cinzelada pelas mãos de construtores de Templos imbuídos num verdadeiro espírito de Tradição, revela a dimensão poética e profética de uma Mansão Filosofal Lusa.
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Poço Iniciático

Passagens Subterrâneas (a caminho da Luz) * Underground passages (the path of Light)

Quinta da Regaleira - Sintra - Portugal


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